Com mais de 40 CDs gravados, o carioca Mattos Nascimento é
um dos cantores mais queridos do Brasil no segmento gospel, que também se
apresentou em países como Estados Unidos, Holanda, Japão, Itália, Suíça, Bélgica,
Portugal, Argentina e Paraguai. Mattos concedeu entrevista simultânea ao
jornalista Jénerson Alves, de ConTexto, e à publicitária Fernanda Thafnes, do
Bl og Cultura e Cidadania. Confira:
Mattos Nascimento falou sobre música, política e seu carinho por Caruaru. Foto: Joyce Sueely/ConTexto |
Faz sete anos que o senhor esteve em Caruaru. É uma emoção
diferente cantar na Capital do Agreste?
Sim, é sempre uma nova emoção. Subir em um palco para cantar
para uma multidão maravilhosa como esta dá um friozinho na barriga.
Na apresentação que ocorreu há sete anos, o senhor fez uma
mensagem muito interessante, falando sobre as drogas. É uma preocupação sua
falar sobre temas sociais?
Sempre cito isso. O mal do mundo de hoje são as drogas. “O
Brasil está violento por causa das drogas”. A corrupção agrava, mas as drogas
destroem famílias. Porém, há drogas porque falta emprego, educação, moradia...
Muitos estão na criminalidade porque não têm o que comer – não estou, com isso,
querendo dizer que eles estão certos. É preciso oferecer condições para que
eles trabalhem e comam.
Como foi a preparação do repertório para este show?
Temos vários estilos. Faço forró, músicas melodiosas, rock,
até algo voltado ao funk, mas aqui fiz um trabalho mais voltado para o forró,
pois este evento foi um grande “arraiá”.
E o contato com seus amigos de Caruaru?
Tenho muitos amigos em Caruaru. O Jaelcio Tenório, por
exemplo, conheci há 27 anos. A filha dele não tinha nem nascido, ela tem 20
anos agora. O Jaelcio foi o cara que me trouxe pela primeira vez a Caruaru, na
Rádio Difusora. Ele sempre me deu muito apoio, levou-me para Toritama, Santa
Cruz do Capibaribe, Campina Grande, Bezerros. Confio muito em Jaelcio, pois ele
é um homem de palavra.
Você é um cantor de muito sucesso. Suas músicas passam muito
tempo na mídia. Há algum projeto em vista?
‘O Sonho de José’ a gente vendeu 170 mil cópias, em um tempo
de crise, no qual não se vende mais CDs, por causa da internet. Sinto-me
privilegiado por isso. Há um projeto novo, maravilhoso, que estou gravando no
Rio de Janeiro.
Como foi sua experiência na Câmara Federal?
Eu fui deputado federal, mas deixei o suplente assumir por
muito tempo. Agora, estão me lançando no Rio para senador, para esta eleição deste
ano. Eu aceitei. Se eu for, ‘aposento-me’ da música gospel para exercer melhor
meu mandato.
Como você avalia a importância de o cristão estar inserido
na política?
Se os cristãos não estiverem lá, a igreja será exterminada.
Há projetos para acabar com o evangelismo, para acabar com a família. Quem
segura isso nas câmaras municipais, no estado e na federação são as igrejas.
Que mensagem você gostaria de deixar para o público?
Tudo o que está acontecendo hoje em dia é bíblico:
terremotos, fomes, pestes nunca vistos antes. Coisas terríveis acontecerão
ainda. Então, o negócio é olhar para o alto, converter-se a Cristo, viver bem,
comer bem, viajar bem, ganhar dinheiro bem, mas ter Jesus como seguro de vida. Ele
é a única esperança para o nosso país.
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