A discussão sobre meritocracia no ambiente de trabalho ganhou novas camadas com a ascensão das práticas de diversidade, equidade, inclusão e pertencimento (DEIP). A crítica recorrente de que políticas inclusivas comprometem a excelência ou desconsideram o mérito individual tem sido rebatida por estudos e experiências concretas dentro de grandes organizações. O que começa a se consolidar é a compreensão de que mérito e diversidade não são conceitos opostos. O termo meritocracia inclusiva, embora ainda não seja amplamente consolidado como conceito técnico, tem sido utilizado por especialistas e organizações para descrever práticas que conciliam excelência e equidade. Esse olhar considera que nem todas as pessoas partem do mesmo ponto na corrida profissional. As trajetórias individuais são marcadas por diferentes contextos sociais, acessos e oportunidades. Por isso, a ideia de premiar apenas quem chega mais longe, sem avaliar o ponto de partida, precisa ser revista. Laura Salle...