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Eleições 2018: Conheça os pré-candidatos a deputado com base em Caruaru





Ainda faltam mais de cinco meses para as eleições, mas os bastidores da política já estão bastante movimentados. Entre as articulações que predominam no ambiente político, destaca-se a possibilidade de novos nomes com base eleitoral em Caruaru serem inseridos na disputa para os cargos de deputado estadual e federal.

Com a Reforma Política, foi possível a criação da figura do 'pré-candidato', isto é, aqueles que têm pretensão de integrar o pleito para algum cargo eletivo. Atualmente, é possível contabilizar pelo menos 10 'candidatos a candidatos' a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Caruaru que possuem uma maior atuação na Capital do Agreste.

Um nome dado como certo para disputar o cargo de deputado estadual é o do vereador Alberes Lopes. Ainda em abril, o líder da oposição na Câmara de Caruaru saiu do PRP e migrou para o PSC, deixando claro que pretende participar do pleito.

Um dos possíveis postulantes é o ex-presidente da Associação dos Moradores do Bairro Alto do Moura, Aldir José. Com uma vasta experiência de liderança de bairro, ele já se lançou candidato a vereador no último pleito, pelo Partido dos Trabalhadores, obtendo 137 votos.

Também participa desta lista o delegado Erick Lessa. Filiado ao Progressistas, suas propostas são baseadas no seguinte tripé: eficiência na segurança pública; combate à corrupção e defesa da família. O Delegado Lessa foi lançado na política caruaruense em 2016, quando disputou eleições para prefeito, obtendo 41.102 votos.

Outro possível postulante a uma vaga na Casa de Joaquim Nabuco é o marido da prefeita, o empresário Fernando Lucena, cujo nome vem sendo ventilado no ambiente político para a disputa deste cargo pelo menos desde o ano passado. Embora alguns digam que há uma certa resistência do ex-governador João Lyra Neto e da própria Raquel Lyra, outros afirmam peremptoriamente que o primeiro-cavalheiro está decidido a participar do duelo.

O empresário Isaac Albuquerque (PMN) também tem colocado o seu nome à disposição para o eleitorado. Em 2016, ele foi postulante ao cargo de vereador na Capital do Agreste, através da coligação Unidos por Caruaru, conquistando 590 sufrágios.

Ainda especula-se a probabilidade de o ex-governador João Lyra Neto (PSDB) lançar-se no pleito. Oficialmente, ele diz que não pretende nenhuma candidatura, mas não rejeita possibilidade de analisar a viabilidade de participar do pleito, caso seja convocado.

Já o ex-prefeito José Queiroz (PDT) deve mesmo disputar uma vaga para deputado estadual, apesar de ter seu nome cotado para o Senado mediante uma indicação do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi. Queiroz já esteve na Alepe durante quatro mandatos.

A deputada Laura Gomes (PSB) deve procurar outro mandato na casa legislativa. Em 2014, ela teve 34.427 votos e não foi eleita, mas passou a integrar a Alepe em 2017, uma vez que seis dos então deputados foram eleitos prefeitos nas suas cidades.

No começo do mês de abril, o presidente da Câmara de Caruaru, vereador Lula Tôrres, deixou o PDT – onde estava filiado desde 2016 – para integrar o PSDB, partido da atual prefeita do município de Caruaru, Raquel Lyra. Essa manobra política teve como objetivo lançar-se ao pleito para deputado estadual.

O deputado Tony Gel (MDB), ex-prefeito de Caruaru, também é outro provável candidato. Vice-líder do Governo na Alepe, também é presidente da Comissão de Ética Parlamentar e membro titular da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça. Em 2014, foi eleito com 42.152 votos.


Federal





Desde fevereiro, o nome do vereador petista Daniel Finizola é cotado para a disputa para deputado federal, no intuito de fazer uma 'dobradinha' com a deputada Tereza Leitão, que busca reeleger-se na Alepe.

Já o filho do deputado estadual Tony Gel, o empresário Tonynho Rodrigues, visa disputar um mandato de deputado federal pelo partido Solidariedade.

Outro possível candidato ao cargo de deputado federal é o jornalista Silvio Nascimento. Filiado ao Partido Social Liberal, ele é considerado “o representante” do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) em Pernambuco. Inclusive, há alguns meses, o pré-candidato a presidente gravou um vídeo apoiando o nome de Nascimento até mesmo para a disputa a governador do Estado – atualmente, o coronel Luiz Meira tem sido a opção do PSL para o pleito visando ao Palácio do Campo das Princesas.

O atual deputado federal Wolney Queiroz (PDT) deve buscar ser reeleito na Câmara dos Deputados. Em 2014, ele conquistou 86. 739 votos. A atuação do parlamentar é marcada por ter sido contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, contra a PEC do Teto e à Reforma Trabalhista e a favor do processo de investigação do presidente Michel Temer (MDB).


ANÁLISE

ConTexto conversou com o analista político e professor Arquimedes Fabrício, que comentou acerca do cenário que se desenha para as eleições a deputado no próximo pleito e discorreu sobre o papel do eleitor neste período. Confira:


Qual a importância de termos nomes com base em Caruaru também na disputa para a Câmara Federal?
Para Arquimedes, é necessário que
o eleitor esteja atento desde já às posturas
apresentadas pelos possíveis candidatos.
Foto: Ivo Sutter/Divulgação
Torna-se importante [este número elevado de pré-candidatos], pois se conseguirmos eleger representantes para a câmara federal, teremos alguém nos representando e, espera-se, claro, que lute pelos interesses de Pernambuco,mas principal de Caruaru. Hoje temos apenas um representante na Câmara dos Deputados,mas em épocas passadas, Caruaru já teve 4 deputados federais (em fins dos anos 90, o município chegou a ter Fernando Lyra, Wolney Queiroz, Tony Gel e Roberto Fontes na Câmara Federal). Agora, não adianta ter o deputado se ele na prática não trabalha, não representa o município.

Percebe-se uma possibilidade muito grande de líderes tradicionais participarem do pleito. Por que há uma certa dificuldade na renovação dos quadros políticos?
A dificuldade na renovação da classe política eu atribuo ao fato de que nos últimos cinco ou seis anos a gente percebeu que aumentaram os casos de corrupção e os escândalos políticos. A coisa está muito escancarada. Isso gera um descrédito, uma descredibilidade. 

As pessoas de bem, em sua maioria, receiam em se inserir na disputa por um mandato político. Sabemos nós que há pessoas que desempenham o seu papel da melhor forma possível, seja como parlamentar ou no poder Executivo. Porém, essas pessoas são poucas, nas esferas nacional, estadual e/ou municipal.

A questão hoje é: quem vai querer disputar um mandato se existem tantas compras de voto, caixa 2, e quando não há dinheiro não se consegue fazer uma boa campanha. Os candidatos nanicos, sem estrutura, são marginalizados. Porém, deveria ser exigida uma preparação por parte de quem queira ser candidato, alguns critérios serem pré-estabelecidos, para que eles pudessem cumprir esses critérios. Hoje, porém, a coisa está tao livre que qualquer um – digo sem nenhum desrespeito às pessoas – até quem não tem o mínimo de conhecimento na área pode ser candidato no Brasil. Este é um dos fatores que avalio que aumentam o descrédito da classe política e faz com que muita gente não queira participar disputando um mandato.

As eleições ocorrerão apenas em outubro, porém que conselhos o senhor daria ao eleitor? É importante que a população já esteja atenta aos pré-candidatos ou só basta pensar em quem votar quando estiver mais perto do pleito?
A política é muito dinâmica, renova-se e tem fatos novos a cada dia. Os políticos sempre colocam seus nomes em uma pré-disputa eleitoral. Enquanto eleitores, devemos acompanhar esses candidatos a candidatos neste período que antecede as eleições para saber como eles estão caminhando com suas candidaturas, quais são suas ideias, com quem eles querem fazer alianças, o que defendem e como se comportam diante do quadro que se instalou no Brasil. Ao chegar à campanha, o olhar do eleitor tem de ser bem diferenciado, tendo cuidado para saber realmente quem é o seu candidato, o que ele propõe para o futuro do país. O eleitor tem de ter consciência de que não votará para o agora, mas para no mínimo 04 anos. É preciso que as escolhas sejam seletivas, tentar ao máximo não errar. O papel do eleitor é votar e fiscalizar os agentes políticos, para fazer cobranças. Mesmo se o candidato que você votou não foi eleito, o eleitor também tem o direito de reivindicar que cumpra com o que prometeu.



Por Jénerson Alves


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