O ano de 1898 foi de mais crescimento e mais perseguição. A
casa ficou pequena para o número dos visitantes aos cultos e outra, “com
capacidade para cem pessoas”, foi adquirida.
Por outro lado, o padre tanto aprimorou suas calúnias quanto aliciou homens hostis que em um domingo entraram na casa dos missionários, feriram-nos com grave violência, e a outras pessoas, e queimaram Bíblias, livros e mobília.
Ary Queiroz Jr. é pastor da 1ª IEC de Caruaru. O texto é adaptado do livro "Caruaru Cem Anos de Luz", do Rev.Marcos Quaresma e da Profa. Dra. Joyce Clayton
Por outro lado, o padre tanto aprimorou suas calúnias quanto aliciou homens hostis que em um domingo entraram na casa dos missionários, feriram-nos com grave violência, e a outras pessoas, e queimaram Bíblias, livros e mobília.
Tais atentados, ocorridos em fevereiro daquele ano, levaram
os missionários a fugir para Recife, onde receberam do governador e do Cônsul
britânico a garantia de proteção caso retornassem a Caruaru.
Mesmo ausentes, entretanto, é justo lembrar que o coração de
Kingston e Ida estava apegado à nossa cidade, consoante se percebe nas
seguintes palavras do missionário: “Quanto ao TRABALHO NOVO EM CARUARU, nós
dois não temos nenhum desejo de deixá-lo, pois percebemos que ele ESTÁ CRESCENDO
VISIVELMENTE, e que o povo está amadurecendo...”.
Eis a razão pela qual o casal retornou a Caruaru em março,
para, entretanto, somente perceberem a impunidade dos malfeitores e a
indisposição das autoridades em prover-lhes proteção, motivos de nova partida.
Enquanto o casal Kingston se ocupou com a evangelização de
Jaboatão, o Senhor continuou Sua obra também em Caruaru. A cidade já contava
com crentes maduros, dentre eles o Sr. Silvério, jovem negociante que ao saber
das necessidades espirituais do lugar e dos enormes desafios, mudou-se de
Recife para cá com a família.
Obrigado a sair da casa onde morava, por perseguições,
Silvério fixou-se no imóvel onde Kingston havia residido, e que tinha sido
comprado para servir de “Casa de Oração”. Isso explica porque novo salão para
as reuniões foi adquirido pela senhora Ida e reformado por ele próprio,
Silvério, que manteve seu trabalho como feirante paralelamente à pregação do
evangelho àquele pequeno rebanho caruaruense.
Quanto ao dia 15 de agosto de 1898 – data que consideramos o
marco do trabalho pioneiro em Caruaru -, presumo, pela importância da data,
fortemente enraizada na consciência histórica da comunidade, que aquele pode
ter sido o dia da inauguração do novo Salão de Culto, adquirido com recursos
pessoais da D. Ida, onde e a partir de quando se reuniram aqueles primeiros
crentes da cidade sob a liderança de Silvério.
Ary Queiroz Jr. é pastor da 1ª IEC de Caruaru. O texto é adaptado do livro "Caruaru Cem Anos de Luz", do Rev.Marcos Quaresma e da Profa. Dra. Joyce Clayton
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