Dos poetas mais eruditos até aqueles que são incultos vamos
observar o grande dilema que escorre pelas linhas do poema e da prosa no que
diz respeito à tentativa de se explicar o que é o amor. O sentimento mais nobre
que está a bater na porta, que deseja entrar nos corações e fazer morada, que
só quer um espaço para mudar a vida de tantas pessoas.
Nos nossos dias atuais, este sentimento tem sido
banalizado, ferido e excluído da vida de tanta gente, a ponto de que, por causa
da sua ausência o ódio tem tomado o seu lugar e tem destruído desenfreadamente.
Na vida, precisamos compreender que só sobrevive quem é mais nutrido, quem é
mais alimentado, não adianta clamar por paz se só a guerra tem sido fortificada
por nós, é incoerente desejar aquilo que não contribuímos para se ter.
Hoje presenciei alguém dizer que o amor não existe que é
uma invenção daqueles que desejam ocultar as mazelas do mundo em um sentimento
fictício e abstrato, nesta última concepção até se firma uma verdade, o amor
não precisa ser visto, mas sentido.
Não se vê o beijo que o vento dar, só se sente.
Não se vê o abraço que Deus dar, só se sente.
Não se vê o cheiro que exala da flor, só se sente.
Não se ver o amor que se recebe, só se sente.
Não há necessidade em vermos o amor, existe a carência de
senti-lo. As coisas mais profundas que adentram o ser humano não consiste no
que é palpável, mas naquilo que não conseguimos enxergar, afinal, aquilo que se
pega, que se ver, é fácil de tê-lo e perceber, mas aquilo que não conseguimos
transformar em algo material, exige do outro a capacidade de também ser aquilo
que se recebe, ou seja, só reconhece o amor, aquele que tem amor dentro de si.
É o mendigo que divide o seu único pão com o cachorro, é a
família que divide o pouco que tem, é a mãe que perde o sono para fazer o filho
dormir, é o abraço dado para acalmar a alma, porque abraçar o corpo é fácil
todos conseguem, no entanto, abraçar a alma requer a essência do amor. O amor
está nas coisas simples, no leve e momentâneo estado de vida.
Seja Amor!
Davi Geffson é mercadólogo e universitário de Letras. Escreve em ConTexto nas segundas-feiras
Comentários
Postar um comentário