Calar
é uma atitude de nobreza, é reconhecer que existe um momento propício para que
a arte de falar entre ação, a própria bíblia revela que devemos ser tardios
para falar, mas que devemos sempre estar prontos para ouvir, é que no silêncio
muitas coisas de revelam, portas se abrem, máscaras caem, processos se resolvem
e gritos de liberdade são dados sem precisar provocar nenhum som, o silêncio
grita!
O
silêncio grita as dores da alma que muitas vezes não encontram palavras para
expressar o que se passa em seu interior, é o grito que perturba o gritante,
mas que incomoda o espectador, é que no silêncio os pensamentos se transportam,
as dúvidas surgem, a reflexão vem à tona e o desespero, ah! O desespero, esse
quer ganhar espaço nesse meio.
Contudo,
calar é arte, por isso que vamos encontrar, constantemente, pessoas que nem se
preocupam em falar, o seu silêncio grita as verdades que palavras não seriam
capazes de revelar, afinal, em alguns casos, falar atrapalha toda a situação,
por isso prefira o silêncio.
Se a
alma que chora só consegue chorar, permita-se ouvir o que está no interior, os
mais belos cantos dos pássaros são percebidos no silêncio, assim como o som das
ondas do mar, o pulsar de um coração, um “eu te amo” expresso só com o olhar,
portanto, não deixe que o barulho te impeça de ter a oportunidade de ouvir o
grito do silêncio, segundo Confúcio, “o silêncio é um amigo que nunca trai”,
assim sendo, o receba como parceiro. As mais contundentes respostas sempre
foram ditas em silêncio.
Davi Geffson é mercadólogo e estudante de Letras. Escreve em ConTexto às segundas
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