Nessa semana vamos dar
continuidade à nossa série aqui na coluna sobre coisas que atrapalham nossos
agentes públicos de sempre pensarem nas próximas eleições e não nas próximas
gerações.
Muito se diz que as eleições
são a festa da democracia, e realmente se fomos buscar o significado da palavra
festa (reunião de pessoas com fins recreativos) vimos que expressa bem o
sentimento de todo o período eleitoral, quando os políticos saem dos seus gabinetes
e tomam as ruas em contato direto com a população que a cada dois anos no
Brasil tem a esperança que algo irá mudar em suas vidas. Porém a impressão que
fica e que os políticos só têm a intenção de sair dos seus "lugares"
quando precisam renovar ou tentar de alguma forma um mandato, estão presos a
suas rotinas muitas vezes não muito republicanas que os bastidores e os
contratos não muito honestos parecem o melhor lugar para eles estarem durante
todos os seus mandatos.
Entretanto, a população está
mais cansada de tomar um posicionamento do lugar da mudança. Na última
"festa da democracia" quase 30 milhões de eleitores não compareceram
às urnas no primeiro turno das eleições de 2018 em todo País, segundo dados do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mas porque cada vez tanto a
população e os políticos estão em lugares diferentes? Falta de credibilidade
pode-se dizer que é a resposta.
Nossa gente não se sente mais
representada por uma democracia em que o executivo não consegue aprovar seus
compromissos de campanha por causa muitas vezes de um parlamento fisiológico e
corporativista que não fica no bem geral e sim no quanto vai ganhar
politicamente e não do resultado prático. Nesse lugar, apenas os ratos gostam
de estar – afinal são atraídos pelo esgoto. Enquanto não houver transparência e
pensamento técnico na maneira de gerir o bem público, iremos sempre estar em
lugar distante da verdadeira mudança.
André
Santos é pós-graduado em Gestão Pública
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