Vive-se sob a égide de discursos pseudointelectuais,
esvaziados da verdade, eivados de sofismas e submissos aos desejos mais infames
de determinados grupos que impõem suas vontades à maioria com preleção abraçada
pelo vitimismo. É uma época avessa à veracidade, na qual é preciso despir-se de
todo conhecimento e conceito de fé cristã para que se encontre digno de análise
e galgue os aplausos da Academia. São dias maus, todavia, são justamente nesses
dias que Deus age através de pessoas que enfrentam os seus medos e colocam-se
ao lado da verdade, ainda que isso lhe custe a própria vida.
A seguir, a leitura do texto do teólogo e cientista
político, Heuring Motta, publicado originalmente no site Opinião Crítica, aos
três de agosto, com o título: John Knox: aos inimigos da verdade.
''Pois
virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo
coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si
mesmos.'', (2 Timóteo 4:3).
O
casamento da rainha Maria com o Lorde Darnley aconteceu em 1565, quando ele foi
proclamado rei. O jovem rei ficava entre dois mundos: romanistas e
protestantes, conforme a ''conveniência''. Claro, por medo da rainha ele
frequentava as missas com ela. Em 19 de agosto de 1565, o rei foi visitar a Igreja
de São Giles em Edimburgo, Escócia, sentando-se no trono que tinha sido
preparado para sua recepção.
Neste
dia o pregador era John Knox. O tema da mensagem: ''Os Inimigos da Verdade'' -
texto base Isaías 26.13-21. Em determinado ponto do sermão, Knox olhou para o
rei e disse: ''Deus puniu Acabe porque não corrigiu sua mulher idólatra,
Jezabel''. O rei tomou para si a aplicação e neste dia foi para casa irado com
a rainha, nem jantou com ela. Claro, os papistas que o tinham acompanhado neste
culto, inflamaram o ressentimento da rainha.
Esta
narrativa histórica é um documento chamado de 'Fifth Book of the History of the
Reformation' - registra a força de um homem por temer o seu Senhor. A coragem
de John Knox me faz pensar profundamente na geração de pastores que virão, se é
que será possível contemplar as próximas. Ele tinha um senso profundo da glória
de Deus e um amor destemido pela verdade.
Claro,
os homens não são iguais e não existe nenhuma meta para ser neste plano.
Acontece que a coragem para expor o erro através da verdade das escrituras vem
caindo aceleradamente desde o início do século XX até o presente momento. Até
mesmo aqueles comprometidos com a teologia bíblica, com as confissões e a
reforma, estão educadinhos demais.
Falta
um senso profundo da beleza de Deus, falta um amor reverencial pela verdade,
falta ousadia para expor os caminhos corruptos das políticas que são realizadas
nas sombras por nossas convenções, concílios e sínodos. Esta coragem natural de
cruz fragmentou-se em pequenos e suaves conselhos que visam pacificar o
ambiente. John Knox tinha este senso de amor pela glória de Deus e de entrega
pessoal a cruz. Não pensou duas vezes em expor o pecado do rei Darnley, um rei
liderado por uma mulher e que o acorrentava na idolatria romanista.

Precisamos
urgentemente que o Deus de John Knox visite nossa geração e desperte
verdadeiros pastores comprometidos com a coragem dos profetas, a verdade dos
apóstolos e olhos fixos na Pedra Angular.
Soli Deo Gloria
Após esse agradável texto, a indicação de leitura é o
sermão Aos Inimigos da Verdade, de John Knox. Deus vos abençoe.
Amanda Rocha é professora e escritora.
Enquanto o homem não levar pra cruz a sua natureza Adâmica, continuará sendo um morto-vivo, buscando a "sua" verdade através de justiça própria e satisfazendo sua natureza decaída e podre. Como um 'estandarte' do seu próprio inimigo, levado às passarelas dos alienados da Graça...
ResponderExcluirGraça que liberta e ressuscita-o pra Verdade.