Quem
nunca fez uso de um descartável? É tão prático. Suja e não precisa lavar, sua
utilidade é momentânea, rápida, mas serve. Descartável é lixo nas mãos de quem
não tem criatividade, de quem não sabe fazer arte com aquilo que para outros
não serve mais. Estamos na geração das coisas personificadas e das pessoas
coisificadas, ou seja, pessoas descartáveis e coisas duradouras.
Existem pessoas que tratam outras
pessoas como se fossem coisas, enquanto está servindo mentem-se, deixou de
servir é jogada fora como se faz com um objeto que não serve mais. Entretanto,
existem as pessoas recicláveis, aquelas que encontram arte naquilo que é
avaliado como “sem valor”, “sem serventia”, um lacre de latinhas de
refrigerante pode ser apenas um lacre para quem não sabe usá-lo, mas nas mãos
de um artista, transforma-se em cortina, vestido, e tantas outras coisas que
ganham beleza a partir de algo que era “lixo”.
Precisamos
entender que nosso valor é valor independente de onde nos encontramos, nem
sempre estaremos por cima, há momentos em que está por baixo nos faz perceber o
quanto temos valor. Se você foi “descartado(a)”, não se preocupe, existem
pessoas que sabem o seu real valor e te farão ser a mais bela obra de arte, do
jeito que você é. Nas mãos do artista o descartável vira arte.
Nas mãos
de um artista
Um papel
vira uma flor,
O que é
jogado fora
Transforma-se
em resplendor,
Vira arte
e faz sucesso,
Pois na
vida tem progresso,
Quem ao
outro dá valor.
Pense
nisso!
Davi Geffson é mercadólogo e universitário de Letras
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