O sistema democrático é
consolidado pela manifestação de ideias opostas; certamente, sem divergências e
dúvidas uma sociedade não consegue evoluir inteiramente. Numa democracia
representativa, a qual se almeja fortalecer plenamente no Brasil, as pessoas elegem
para si representantes alinhados às suas ideologias, aos seus conceitos.
Infelizmente, ainda se vislumbram vestígios de um período em que o voto de
cabresto predominava; bem como, a era em que o voto servia como moeda de troca
para interesses individuais. Utilizando as palavras do atual presidiário Luiz Inácio Lula da Silva: “o povo (brasileiro) pensa com a barriga”; logo, era
assim que escolhia seus representantes. Esses infortúnios resultaram na eleição
de indivíduos descompromissados com os interesses públicos e que trabalharam
arduamente para enriquecer seus cofres e ampliar seu patrimônio, enquanto
atacavam os valores e destruíam a ordem e o bem-estar social.
Felizmente essa mentalidade
alienada tem sido decomposta; embora paulatinamente, percebe-se a ascensão de
lideranças que alçaram a seus cargos sem o uso da compra de votos, sem a
alienação ideológica, mas aproximando-se da população na defesa de valores e de
objetivos políticos e econômicos. Os brasileiros estrearam uma caminhada pela
implantação de políticas alinhadas aos seus anseios e ideais; e muitas dessas
mudanças foram mediadas pelo avanço da tecnologia da informação e ampliação do
uso das redes sociais. Durante as eleições de 2018 promoveu-se uma das maiores
transformações: elegeram-se representantes completamente opostos às ideologias
e práticas de políticos antecessores. Os brasileiros foram às urnas, munidos de
um sentimento patriótico, clamando por mudanças, prontos para eleger nomes que
viriam a reger o país conforme o pensamento da maioria. Com ênfase no respeito
à democracia, e na promoção do desenvolvimento econômico, social, cultural,
educacional, científico, enfim, dispostos a governar para fazer o país avançar.
Os discursos conservadores
sobrepuseram-se aos progressistas, e seguem como numa onda crescente. O Brasil
elegeu Jair Bolsonaro por identificar-se com suas
preleções; sua reprovação às pautas de esquerda. Escolheu-o por estar enfadado
com as falações repetitivas e vazias daqueles que por décadas detiveram o poder
e fizeram o Brasil ruir. A população por anos silenciada e temerosa de expor o que
acreditavam, tiveram suas ataduras desfeitas e advieram a exibir seus
posicionamentos, agora sem temor de serem taxados por qualquer rótulo
depreciativo: fascista, machista, racista, sexista. Esses termos têm pouco a
pouco alçados a banalização, não pela denotação maldosa que professa, mas por
seu uso descontextualizado, sua aplicação meramente como xingamentos sem
relação com fatos concretos.
A oposição ataca de todas
as maneiras possíveis; entretanto, estarrece que suas queixas reportem aos
principais motivos pelo qual Bolsonaro
foi eleito, ou seja, às
críticas dos opositores direcionadas à sua gestão fortalecem a aliança que há entre ele e seus eleitores. O porte
de armas, o efetivo combate à criminalidade, a aversão à implantação da
ideologia de gênero na educação, as políticas ambientas e de proteção da Amazônia e dos
povos indígenas, o redirecionamento da política de Direitos Humanos,
privatizações, reformas impactantes, dentre tantos pontos polêmicos, reforçam
seu compromisso de campanha e animam seus partidários, os quais aguardam do
presidente a manutenção de sua postura firme, arredia aos contrapontos do
conservadorismo e que realinhe o país no cenário internacional.
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Discurso de Bolsonaro na ONU durou cerca de 30 minutos. Foto: Alan Santos/PR |
Com o advento da 74.ª
Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, ocorrida em Nova Iorque,
Estados Unidos, o presidente Bolsonaro
causou desde antes de seu
pronunciamento uma imensa expectativa. Seus opositores arquitetavam represálias
numa nítida demonstração de intolerância à oposição de ideias, pois, quais
mudanças legislativas ou qual negligência há do atual Governo Brasileiro quanto
ao combate às queimadas na região amazônica? Esse questionamento faz-se
pertinente uma vez que é um dos temas mais discutidos nas últimas semanas, e
fora usado como justificativa para o Brasil não participar da Cúpula da Ação
Climática, a qual teve entre seus palestrantes a China, o maior emissor de gás
carbônico do mundo; isso é minimamente interrogativo. Essa postura revela o viés
adotado impositivamente pela Organização: aos amigos, tudo, aos inimigos, a
lei. Há pouco tempo, a Organização, através do Conselho de Direitos Humanos,
posicionou-se contrário à prisão de Lula, mas não adotou postura enfática
quanto aos problemas vivenciados na vizinha Venezuela ou em Cuba.
A ONU honrou os presidentes
anteriores do Brasil, os quais proferiam um discurso alinhado aos seus
propósitos, mas suas práticas revelaram a maior agressão já sofrida pelo meio
ambiente no Brasil; a saber, durante o mandato de Dilma Rousseff o número de
desmatamento foi dos maiores já registrados, contudo, o Brasil jamais sofreu
uma represália por isso a tempo.
Ao cumprir a tradição de
ser o primeiro país a discursar na Assembleia Geral da Organização das Nações
unidas, Jair Bolsonaro estreou com um “Obrigado a Deus
pela minha vida, pela missão de presidir o Brasil e pela oportunidade de
reestabelecer a verdade que é importante para todos nós”, logo após,
cumprimentou as autoridades presentes e seguiu afirmando que o “Brasil está
sendo reconstruído a partir dos anseios e ideais de seu povo”, todavia,
conforme previsto, as mídias de esquerda e parte dos políticos brasileiros
trataram de tecer análises com o desígnio de desmerecer o importantíssimo e
eloquente discurso do presidente; criticaram-no por demonstrar ao mundo que o
povo brasileiro é predominantemente cristão. Nas matérias que sucederam ao
discurso, tolheram as referências de gratidão a Deus, as citações bíblicas e o
compromisso firmado para combater à intolerância religiosa.
O primeiro discurso de Bolsonaro foi também um dos mais enfáticos e relevantes de
seus quase nove meses de gestão. Destemidamente delatou, diante dos
propulsores, o globalismo e toda a sua cadeia de ataques à humanidade, os quais
ocorrem, nas palavras do presidente: “disfarçados de boas intenções”. Denunciou
as ditaduras cubana e venezuelana, a crise humanitária que há nesses países e
afirmou que o Brasil não está disposto a financiá-las, como ocorria em governos
anteriores, mas é imperativa a ajuda aos habitantes desses países, inclusive,
mencionou que o Brasil tem recebido e concedido dignidade aos refugiados
venezuelanos através da Operação Acolhida, realizada pelo Exército Brasileiro.
O presidente foi brando e
ardente, comportou-se de modo que condiz a um chefe de estado, sem esmorecer,
representando habilmente a todos os seus eleitores, representando o povo
brasileiro. Apesar de sermos em maioria conservadores, as ideologias que predominam nos meios culturais, acadêmicos e midiáticos
são liberais e por consequência a maior parte das críticas, que tentam
ludibriar a opinião da população, entona perversidade e aversão, inclusive,
questionando a veracidade dos fatos denunciados no discurso do brasileiro; essa
estratégia é recorrente nos grupos de esquerda, negue, crie espantalhos, assim
tornará louco quem os critica. Saliente-se que loucura é negar os horrores
vividos em países socialistas; dizer que o Foro de São Paulo visa à democracia;
recusar que a aplicação das teorias de ideologia de gênero provoca males
inenarráveis em crianças por todo o mundo; desmentir que a corrupção tornou-se
generalizada no Brasil; opor-se à soberania nacional, à proteção da Amazônia e
o desenvolvimento sustentável.
Bolsonaro respondeu
elegantemente as tentativas de internacionalização da Amazônia, enfatizou que
ela pertence aos brasileiros; expressou repúdio a atitude colonialista de
Emmanuel Macron, e em um dado momento leu uma carta assinada por dezenas de
etnias indígenas, as quais concediam representatividade à índia Ysani
Kalapalo, membro da comitiva
presidencial, repudiavam o líder internacional, o cacique Raoni
Metuktire, e conferiam apoio
às políticas ambientais do Governo brasileiro.
A questão ambiental predominou, como esperado, todavia, não deixou de
mencionar com cheiro de super-herói o Ministro da Justiça e Segurança Pública,
o ex-juiz Sérgio Moro, um dos responsáveis pelo desmonte da corrupção no país.
Ainda aludiu às mudanças na política econômica, às reformas e privatizações.
Defendeu a democracia, a liberdade, de expressão, religiosa e de imprensa.
Aspectos fundamentais foram abordados pelo Brasil na ONU, ademais, o discurso
recebeu o toque moderado de emoções; forma e conteúdo sintonizaram-se; as
palavras agradaram investidores, apoiadores, posicionaram o Brasil no cenário
internacional e, principalmente, revelaram a verdade que muitos negam ou
rejeitam, mas sabem que é a verdade. E bem como mencionou Bolsonaro ao citar a passagem bíblica de João 8.32: E
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Deus abençoe o Brasil
libertando-o das amarras e falácias ideológicas que ansiavam destruí-lo. Um
novo Brasil inicia-se.
A indicação de livro hoje é
A Nova Era e a Revolução Cultural. Fritjof Capra
e Antônio Gramsci, de Olavo de Carvalho. Que Deus vos abençoe.
Amanda
Rocha é escritora e professora
O presidente da República foi muito feliz em seu discurso ao atacar os inimigos da soberania do Brasil e defender nossas florestas.
ResponderExcluirLevou consigo para o encontro internacional uma representante dos povos indígenas, indicada pelo governo que administra o país e referendada por dezenas de tribos que estão dentro do território nacional.
Seu texto abordou partes importantes do discurso brasileiro na assembléia geral da ONU.
Excelente texto! Meus parabéns!
Texto completo parabéns , realmente o discurso do presidente foi surpreendente .
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