Que paradoxo, não? Estamos em uma
sociedade em que o silêncio do outro não representa nada, o próprio nada não
represente nada. Quando, na verdade, é esse nada que representa muita coisa.
Uma geração fria, calculista e egocêntrica, em que o próprio nariz é mais
importante que o nariz que lhe cheira, ou seja, posso feder, se não sentir esse
odor, pouco importa os que estão a minha volta sentindo-o.
Existem pessoas que optam pelo
silêncio, mas é este que está de latente, gritando para todos ouvirem: preciso
de ajuda! Uma geração em que cresce assustadoramente o índice de suicidas, e
porque isso? São os silêncios não ouvidos que anunciavam e por não serem
percebidos acabaram sendo fortalecidos ao fomento da ideia do ser “nada”.
No nada existe muita coisa. O nada
pode ser ausência do que se deseja, mas o nada por ter sido o excesso de alguma
coisa. Talvez já esteja confuso em sua mente essa contradição entre o nada ser
tudo, mas é justamente isso que acontece, quando alguém se sente nada, existe
um tudo de conflitos que fazem com que a alma em silêncio grite.
Escute o que diz a alma
Não se faça de mercador,
Entenda que é no nada
Onde mora muita dor
E pra curar esta ferida
Só precisa ser amor.
Pense nisso!
Davi Geffson é marqueteiro e
professor
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