Nasceu, logo, já se encaminha para a morte, afinal, é como disse Chicó no Auto da Compadecida: “Tudo que é vivo, morre.” Contudo, o grande mistério da vida está, justamente, nesse intervalo de tempo: nascer (-----) morrer. Os acontecimentos que marcam a nossa vida, poderão ser marcas inesquecíveis para mudar a vida de centenas de pessoas.
Não é sobre viver apenas, é viver para gerar vida em outros, afinal, o que ficará quando morrermos? A árvore morre, mas por meio dos seus frutos possibilita que outras árvores nasçam e reproduzam, permitindo assim, que permaneçam. Sem frutos, sem permanência.
Cada dia a mais é um dia a menos, vivemos hoje, mas caminhando para morrermos, afinal, ninguém ficará para semente, pelo contrário, nossa semente é que dirá quem fomos e o que somos. Por isso, muito cuidado com a ponte entre a vida e a morte. Muitos vivem, mas estão mortos, enquanto, existem outros que morreram, mas permanecem vivos. Dê bons frutos e nunca permita que a morte seja o seu fim, mas como disse Nelson Barbalho do país de Caruaru: “No dia da minha morte é que começo a viver”.
Comecei uma história
E continuo a escrever,
Contudo, tem um detalhe,
Que não posso esquecer:
No dia da minha morte
É que começo a viver.
Pense nisso.
Davi Geffson é marqueteiro e professor
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