A intenção de oração desta segunda-feira (27) do Papa
Francisco, na missa diária na Casa Santa Marta, foi dedicada aos artistas e ao
caminho da beleza e da criatividade que podem ajudar neste momento difícil
caracterizado pela pandemia do Covid-19:
“Rezemos hoje pelos artistas, que têm esta capacidade de
criatividade muito grande e pelo caminho da beleza nos indicam o caminho a
seguir. Que o Senhor nos dê a todos a graça da criatividade neste momento.”

O ator italiano de teatro e cinema, Giovanni Scifoni, ficou
bastante impressionado pelo pensamento do Papa e disse que a categoria sabe
realmente externar a criatividade nos momentos de crise, indicando o caminho a
ser seguido. Giovanni refletiu sobre “a busca do sentido” e de como os artistas
podem conduzir a “essa beleza e sentido de palpitação do coração”, porque o
artista consegue dar sentido às coisas:
“O artista – e poderia estar em todo o homem o ‘ser
artista’ – sabe colocar pra fora a criatividade também nos momentos de crise,
ou melhor, sobretudo nos momentos de crise. Eu procurei, de qualquer forma,
contar através das redes sociais esse período tão dramático. Para mim, foi uma
fonte de grande motivação. Uma coisa importante poderia ser utilizar o tempo
que se tem à disposição para criar alguma coisa bonita. Qual criatividade
podemos externar? Hoje, agora, o que podemos fazer deste mundo, assim como
está, com a pandemia? Neste período, vi tantos artistas que conseguiram contar
este mundo, essa situação, de maneira criativa. Se essa criatividade própria
dos artistas fosse contaminada também no mundo da política, no mundo de quem
deve dar soluções, não seria mau: servem soluções muito criativas.”
Giovanni, de família católica, foi autor e condutor de um
programa do canal católico italiano TV2000, intitulado, “Beati voi”. O ator,
que canaliza a atenção sobretudo da juventude, sendo muito ativo nas redes
sociais, foi escolhido pelo Papa para apresentar uma das noites de abertura do
Sínodo dos Jovens, no Vaticano, em 7 de outubro de 2018. Na oportunidade, o
ator conseguiu divertir o Pontífice. Fazer sorrir também é importante:
“A gente dá risada por identificação, porque nos sentimos
semelhantes. Então, a semelhança faz fraternidade que gera afeto e risada. O
cômico também tem uma função moral: aquela de corrigir os costumes, rindo.”
Os
problemas do mundo artístico
O ator também abordou as dificuldades vividas pelo mundo
artístico neste período de pandemia porque, na maior parte dos casos, os
artistas precisam de público. Então, os artistas também estão vivendo “um
momento de depressão”, porque falta a possibilidade de inserir o próprio
trabalho em projetos futuros.
Fonte: Vatican News
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