No começo Você fez tudo:
A terra , o dia, a noite e o mar,
Deu a vida ao homem
E no mundo a ele não deixou nada faltar.
Depois Você voltou, ensinando o caminho certo,
Mostrando o côncavo e o convexo de tudo,
Dizendo que além dessa vida há outra,
E além dessa terra existe outro mundo.
Mas isso não foi o suficiente
Para o homem colocar na mente,
Que acima dele existe superioridade,
Que Você de todo fruto é a semente,
E de tudo, o caminho, a vida e a verdade.
E por instinto ou talvez por ignorância,
Como uma criança malvada,
O homem lhe xingou, lhe bateu, lhe cuspiu, lhe crucificou,
E aclamou: Jesus Cristo, o rei de nada.
Hoje os tempos mudaram; todo homem tem cultura, todo homem é civilizado.
O progresso, o sucesso ou a ambição,
Cada um por si, mesmo vendo morrer de fome o irmão.
Com a inteligência doada por Ti
Ele faz guerra, inventa muitas formas
Para fazer da terra
Um campo de horror,
Onde grita o mais fraco
Pedindo clamor.
Mas Você não desiste, vem como um mendigo e insiste,
Batendo às portas, pedindo um pedaço de pão,
Querendo entrar.
E como antigamente, não é dividida a refeição,
E como sempre, não há lugar.
Não há lugar numa casa,
Numa escola, numa rua, numa vida, num coração;
Porque ao contrário de Ti, o homem sente fome de ambição.
Dizem que Você vem de novo,
Eu peço, não venha.
Desta vez eles não o crucificarão,
Desta vez será, uma câmara de gás, um raio laser,
Um míssil ou um canhão.
Mestre não virá,
O homem é aquele de sempre,
Nunca aprendeu a amar...
Do livro: O mundo, a vida e a verdade. ( Josibias Silva)
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