Abrir caminho para as chamadas “utopias reais” não é fácil. Mas isso é absolutamente crucial se quisermos refazer nossas instituições econômicas, políticas e culturais para torna-las lugares de séria transformação crítico-democrática. Para quem tem trabalhado anos e anos para ligar os movimentos na Educação e em torno dela a movimentos sociais mais amplos em prol da igualdade, compreender os limites e possibilidades dessas ligações tem sido fundamental.
Um ponto essencial está no cerne das questões que cercam as relações de projetos educacionais com movimentos e projetos sociais críticos mais amplos. Como seria um sistema educacional democrático? A palavra “sistema” é chave aqui. Examinando uma escola específica que, mesmo com suas contradições em termos de raça e classe, levava a sério a questão da democracia. Mas como seria todo um sistema escolar? Seria isso possível?
Um lugar vem à mente de imediato, um lugar em que essa questão foi respondida com transformações reais: o sistema municipal de educação. Se examina as mudanças estruturais que tiveram lugar no ensino municipal o desenvolvimento das práticas crítico-democráticas do orçamento participativo e da escola cidadã.
De fato, a política no Brasil tem-se caracterizado historicamente pelo patrimonialismo e o clientelismo. Para ter investimentos em suas comunidades, as associações de moradores têm que achar um vereador ou deputado que possa propor ao governo municipal o investimento. naquela área. Há todo tipo de arranjo “clientelista” que troca por votos o apoio às causas comunitárias.
Para finalizar, talvez uma das lições mais importantes é que o Estado é absolutamente necessário para institucionalizar as mudanças e proteger as pessoas de uma agenda federal e internacional de neoliberalismo.
Comentários
Postar um comentário