Existe uma estreita e sinistra sintonia entre o baixo interesse teológico da liderança da igreja e a decadência escandalosa que ela testemunha cotidianamente.
Kevin Vanhoozer começa O pastor como teólogo público identificando uma crise no ministério pastoral a partir de uma crise de suas imagens.

Por trás de sermões recheados de secularismo, de aconselhamentos para ouvintes se sentirem bem, de projetos megalomaníacos de construções, esconde-se uma radical incapacidade de compreender como um pastor conduz o rebanho de Jesus.
Esse cenário explica as tentativas insanas de pastores e líderes em renunciar seus cargos, ocultarem suas crises e mascararem-se de diversas formas — do excesso de trabalho à bebida e a pornografia.
A crise vocacional dos pastores é uma crise de identidade. Faltam uma imagem bíblica para orientar seu ministério. Essa orientação, por seus vez, também ajudará as igrejas, os seminários e as próprias ovelhas a florescerem enquanto discípulos de Jesus!
Quanto a isso, sempre me admirou o fato de que as “Epistolas pastorais”, escritas de forma muito específicas — uma espécie de "manual de cuidado pastoral" segundo Guthrie —, mas que também serviram de orientação para toda a igreja.
E logo em suas primeiras palavras, cumprindo o propósito de dar direção às questões eclesiásticas pontuais, como escolha de líderes e enfrentamento de falsos mestres, Paulo já estabelece sua identidade ministerial.
Deixa claro quem ele é ministerialmente, firmando-se na Trindade e permitindo que Timóteo e Tito também sejam reconhecidos pela igreja como fiéis obreiros naqueles lugares!
Como também não deixa margem para dúvida sobre os critérios para avaliar os lobos em pele de ovelha — e pastor.
Compreensão do ministério teológico do pastor e amadurecimento da igreja caminham lado a lado! Não conseguiremos avançar em um sem o outro.
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Fonte Ultimato
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