A cruz é o centro gravitacional capaz de prover o nó que une todos os universos. Por isso, Paulo diz que na cruz Deus fez convergir em Cristo todas as coisas que há nos céus e todas as coisas que há na terra. Em outras palavras, todos os mundos visíveis e invisíveis, acessíveis e inimagináveis, todos os universos possíveis, foram atraídos a Ele. A cruz é a encruzilhada onde tempo e eternidade se encontram. Cristo é o elo entre o nosso mundo e o mundo porvir.
Sinto-me instigado cada vez que leio em Hebreus que fomos visitados pelos poderes do mundo vindouro.
Este “mundo vindouro” é o tal paraíso tão almejado pela alma humana.
O paraíso é a ambiência existencial de onde fomos expulsos quando iniciamos nossa peregrinação. É tanto o ponto de partida, quanto o lugar de chegada. O início é o fim, e o fim é o início. Por isso, o tal paraíso figura nas primeiras e nas últimas páginas das Escrituras, no Gênesis e no Apocalipse. Ele é de onde viemos e para onde estamos indo. É nele que adentramos no momento em que deixamos o tempo e o espaço, num voo non-stop, isto é, sem escalas. “Hoje mesmo”, foi o que Jesus garantiu ao homem crucificado ao Seu lado, “estarás comigo no Paraíso.”
Ficou a cargo do Espírito Santo conduzir a humanidade até o entroncamento final entre tempo e espaço. Cada vida que parte do tempo é uma vida que adentra o Paraíso, que não se encontra em um lugar qualquer do universo, mas no entroncamento entre o tempo e a eternidade, onde o ponto de partida é também o ponto de chegada, o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim.
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