Viver a vida estabanadamente
é desejo de muitos
- beber, farrar,
embriagar-se
cantar, dançar,
de paixão inebriar-se,
de
inimigos vingar-se,
enfim, transmudar-se.
Dar vazão a suas
taras.
Dar sentido à vida
reprimida
pela
polidez,
pela educação moral
mas aproveitam
o tempo
momesco
para a máscara tirar
porque nada faz mal.
Não é de ontem
não
é de hoje
que a face oculta de muita gente
é revelada
no
Carnaval.
É indecifrável
talvez insondável
o
carnaval da vida.
Nele há palhaços,
columbinas e
arlequins
curtindo a sina
em mãos de outros
como
manequins.
Não entre nesse barco.
Autor: Amaro Matias Silva, no livro "Das Musas de Ontem e de Hoje", Recife, 1985.
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