“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio.” (Provérbios 6.6)
Como bem sabemos, nosso mundo é extremamente diverso em minerais, vegetais e animais. Há inúmeras espécies de seres vivos, e em lugares até onde os humanos duvidavam, como no caso do mar morto, lá no Oriente Médio, cujo teor de salinidade é absurdo; e sendo mais ousados, existem cientistas que acreditam que um dia encontrarão vida em outros planetas do nosso sistema solar, ou em outros mais longínquos, em condições similares às da terra. Dentre os milhares de seres existentes em nossa fauna, com suas especificidades, há uma que se destaca: as formigas.
O Provérbio em tela, escrito por um sábio que muitíssimo fora instruído por intermédio da natureza, pede-nos que atentemos para as formigas e sejamos impactados pelas mesmas. A primeira lição que recebemos delas é a da constante atividade. Não há quem olhe para uma formiga e não a veja em movimento. Move-se de dia e de noite e mesmo assim não se cansa. Aprendemos inicialmente a buscarmos uma ocupação, e não no ostracismo enclausurarmo-nos dentro de quatro paredes, ou hipnotizados perante a tela de um celular, computador ou televisão. “O trabalho dignifica-nos”. Não existe uma atividade mais importante do que outra, o que há são demandas diferentes, e pessoas com capacidades diversas, cada um com a sua habilidade. Já pensou se todas as pessoas fossem padeiras? Onde estariam os farmacêuticos? E se todos fôssemos pedreiros? Onde estariam os médicos? Cada um possui o seu dom, o seu chamado, o seu talento, a sua formação, por esta causa procuremos nos aperfeiçoar.
Poderíamos facilmente afirmar que os dinossauros eram o oposto das formigas; enquanto eles eram gigantescos, estas são minúsculas; enquanto aqueles eram indiscutivelmente fortes, as pequeninas, demasiadamente frágeis. Entretanto, há de se observar que mesmo sendo tão grandes e poderosos, isso não foi suficiente para livrá-los da fatídica extinção em massa. Há porventura algum vivo entre nós? De modo algum. E quanto as “impotentes” formiguinhas? Ainda hoje permanecem em nosso meio, sem nenhum sinal de que um dia desaparecerão. O mesmo Salomão, noutro livro, assim disse: “...não é dos ligeiros o prêmio, nem dos valentes, a vitória...” (Eclesiastes 9.11) Se te sentes um pequeno entre gigantes, um indouto entre sábios, um fraco entre potentes, ou um pobre entre abastados, saiba que Deus ergue, exalta e concede favores aos necessitados. Aprenda com as formigas diante dos dinossauros. Veja o que o apóstolo Paulo falou: “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.” (1 Coríntios 1.26-29)
Visivelmente é óbvio que as formigas estão entre os menores seres, porém proporcionalmente, uma só delas possui a força de mais de dez fortes e saudáveis homens. Quem nunca presenciou a cena ao vê-las carregando uma folha, um fragmento de comida, uma semente, ou uma coisa qualquer, que aos nossos olhos tinham dez vezes o seu peso ou tamanho? Sinceramente vejo diariamente isso.
Mesmo sem emitir som algum, as formigas sempre serão nossas professoras. No matagal, na estrada, no rodapé da nossa casa, no piso, ou em qualquer cantinho, lá estão elas, em fileira, executando o seu ofício, procurando e juntando o seu alimento. A voz de Deus pode ser ouvida em tudo, principalmente por intermédio da natureza que Ele mesmo criou com o seu imenso poder.
Por: Irmão Charles Luciano - Membro da igreja evangélica Presbiteriana de Catende-PE
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