“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.” (Provérbios 5.18)
Indiscutível e inegociavelmente a Bíblia Sagrada é o manual de regras, para todo cristão que deseja andar de modo que agrade a Deus. Nem a filosofia, nem a psicologia, nem a ciência, nenhum outro livro norteará a nossa vida sendo contrário às Santas Letras; todo o saber extrabíblico tem que concordar com ela. A mesma contém instruções para as principais áreas comportamentais do ser humano, inclusive, em se tratando do saudável relacionamento amoroso.
Podemos facilmente notar como os povos têm se desenvolvido, criando suas próprias leis, ou absorvendo costumes de outras sociedades mais permissivas.
O ideal bíblico escolhido pelo próprio Deus foi a “monogamia” (casamento entre duas pessoas) – (Gênesis 2.24; Mateus 19.5); a “heterossexualidade” (entre pessoas de sexo diferente) – (Levítico 18.22; Levítico 20.13; Romanos 1.26,27; 1 Coríntios 6.9,10) e a “indissolubilidade” (só a morte os separa) – (Mateus 19.6)
Devemos agora pontuar algumas coisas acerca desses três padrões supracitados: a “monogamia” durou bem pouco tempo, pois já em (Gênesis 4.23,24), lemos que Lameque possuía duas esposas. Da “bigamia” para a “poligamia” (casamento com várias mulheres) foi só um passo. Tornou-se bastante comum os homens terem diversas esposas, leia: (Gênesis 29.28-35; Gênesis 30.1-26; 2 Samuel 3.13-16; 2 Samuel 3.2-5; 2 Samuel 5.13-16; 2 Samuel 19.5; 2 Samuel 15.16; 2 Samuel 11.27; 1 Reis 11.1-3). É importante destacar que foi Deus mesmo quem prescreveu leis para os líderes de Israel, a fim de que não fossem “polígamos” como os demais, veja: “Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie; nem multiplicará muito para si prata ou ouro.” (Deuteronômio 17.17) Essa mesma lei é dada no Novo Testamento, também exclusivamente para os líderes da Igreja, leia: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar.” (1Timóteo 3.2) Percebamos que a “poligamia” seria vista como uma quebra das leis divinas apenas para os chefes, cabeças, ou líderes do povo. É interessante como não vemos Deus repreendendo nenhum “polígamo” em nenhuma parte da Bíblia Sagrada, pelo contrário, Ele deu santas leis para que a “poligamia” fosse regulamentada (Deuteronômio 21.15-17), inclusive é dito que Deus deu várias mulheres a Davi (2 Samuel 12.8,11). Pergunto: Deus faria o homem pecar? Deus incentivaria o erro? Obviamente, não! Minha opinião é que a “poligamia” é vetada apenas para as lideranças maiores do povo de Deus, tanto no Velho quanto no Novo Testamentos, e mesmo em face de tamanha restrição, mesmo assim Ele abriu exceção até para as autoridades a quem era proibido a multiplicação de mulheres, como no caso de Davi já citado aqui.
Sobre a “heterossexualidade”, vejo diferente: tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento o seu contrário, ou seja, a homossexualidade é proibida (Levítico 18.22; Levítico 20.13; Romanos 1.26,27; 1 Coríntios 6.9,10). Pelas leis brasileiras, temos salvaguardado o direito de pensarmos e pregarmos como bem interpretamos a Bíblia, todavia, respeitamos todos os que concebem e agem diferente de nós; reiteramos que amamos todos os integrantes da população LGBTQIA+.
Quanto à “indissolubilidade matrimonial”, é exatamente sobre isso que trata todo o capítulo 5, onde o verso base está inserido. A Bíblia peremptoriamente proíbe o adultério e incentiva o mais puro amor, chamando a mulher de “manancial”, ou seja, uma fonte cristalina para aonde o esposo deve sempre recorrer. A infidelidade conjugal é tão grave, que Deus diz que “odeia” isso (Malaquias 2.16).
Não sejamos machistas como eram os homens hebreus; nem a varoa tem permissão para trair o marido, tampouco o varão, a lei é para ambos. Mantenhamos a chama do amor sempre acesa. Sejamos inventivos, tenhamos empatia, que o carinho e o respeito nunca faltem. Façamos nós os cristãos a diferença: enquanto o índice de divórcio só aumenta no país e no mundo, façamos votos de fidelidade e perenidade em nosso relacionamento, pois disso Deus se agrada. A separação deve ser a última alternativa e isso em caso de traição ou violência, por exemplo; a nossa responsabilidade em caso de instabilidade é buscar meios para que a união não sucumba, mas renove-se dia após dia. É sempre possível a restauração dos laços matrimoniais, a beleza física é passageira, e o amor deve ser o regente maior.
Autor: Charles Luciano Gomes da Silva - Membro da igreja evangélica Presbiteriana de Catende.
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