O catendense é um povo festivo, festeiro dançante e acolhedor. Ambos os clubes (Catende Clube e Clube Leão XIII) foram construídos pelo industrial e mecenas Costa Azevedo, na década de 40 do século passado, nos tempos áureos de progresso e prosperidade econômica de nosso município.
Em 1949, o Catende Clube passou a ser chamado "Aeroclube de Catende", depois,a ser chamado "Catende clube". Eram realizados animados e concorridos bailes no "Réveillon", carnavais com muita serpentina e lança perfume, as festas juninas disputadíssimas.
O Centro Operário de Cultura Leão XIII, além da sede para festas e bailes memoráveis, tinha um time de futebol, que naquela época já era filiado à Federação Pernambucana de Futebol. Grandes grupos musicais e bandas se apresentaram em nosso município até a década de 80 do século passado, Ogirio Cavalcante, Embalo Z, Orquestra Super O'ara, Renato e seus Bluecaps,The Fevers, Os Incríveis,Os Babinos de Robertinho do Recife, Aquarius, Tuaregues, Os pholhas, Casa das máquinas, Os ideias, Os Fantamas, Os rebeldes, A banda de Camarão, a orquestra espanhola Cassino de Servilha, A banda L.S.D (Luz, Som e Dimensão) de Djavan, hoje um ícone da música popular brasileira.
Nas datas festivas os clubes lotavam, os bailes eram disputadíssimos, para alegria dos participantes.
Hoje o Clube Leão XIII está abandonado, deteriorado, um lugar que deu tanta alegria a nosso povo e faz parte de nossa história cultural. É dever constitucional dos entes federados, seja município, estado e união, a preservação do patrimônio cultural de seu povo. O poder público municipal ,por meio da secretaria de Cultura, poderia pedir o tombamento como patrimônio cultural de nosso município ambos os clubes, enviando ofícios a FUNDAPE e ao Conselho Estadual de Patrimônio e Cultura de Pernambuco, com sede em Recife. Defender a história é preservar a memória.
Zeca Ribeiro, pedagogo e técnico em Saneamento Ambiental
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