Sou teu degustador,
ó prodigiosa natureza,
proeza do supremo artista,
sem ti eu nada seria.
Consumo-te com os meus sentidos,
às vezes com as narinas,
outras com os ouvidos,
algumas com as mãos,
muitas mesmo com os olhos,
mas perdoe-me senhorita,
você também é muito gostosa.
O monarca mais sábio da terra,
disse a coisa mais tola desse mundo,
quando asseverou que “tudo é vaidade”.
Jamais te cultuaria,
és criação e não Deus,
mas algo me é permitido:
a fiel rendição perante ti,
meu eterno encanto.
Charles Luciano é escritor
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