Às vezes nós evangélicos, podemos ser tentados a esquecer comemorações importantes, datas marcantes para o povo de Deus. Isso se dá por um medo de talvez ser confundido com o sincretismo religioso e supersticioso da Igreja Romana. Mas precisamos diferenciar bem às coisas, e colocá-las em seu devido lugar. Em primeiro lugar, devemos relembrar o ciclo da redenção, começando pela encarnação do Verbo de Deus. O dia 25 de dezembro, não é a data precisa do nascimento do Senhor Jesus Cristo, mas por não sabermos precisamente, não significa que devemos desprezar tal comemoração. Deixando de lado o apelo e apego comercial, devemos tomar parte nessa festa, para fortalecer nossa fé naquele que fora prometido desde Gênesis 3:15: "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Confirmado pelos profetas a exemplo de Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi concedido. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz." Assim o Natal é um momento muito valioso para lembrarmos que Deus é um Deus não só de promessas, mas um Deus que cumpre suas promessas. Em segundo lugar, a "semana santa" Páscoa! Segue o importante ciclo da redenção do povo de Deus, não precisamos agir com tristeza, como se matassem o Senhor ano após ano, nos afligirmos ou impour-nos flagelos, nem usarmos às abstenções de determinados alimentos, como se por esses meios, nos tornassemos mais merecedores de honra ou da salvação. Não, essa data, também fortalece a fé dos que já foram salvos, pelo sacrifício puro e poderoso do Senhor. Lembra-nos da ineficácia de nossas obras e do quanto era impossível a nossa salvação por nós mesmos, lembra-nos da nossa liberdade, o fim da escravidão do pecado, fim da nossa inimizade com Deus, assim como Moisés foi levantado para libertar o povo do Egito, na figura do resgatador, sendo um protótipo de Cristo, apontando para o Cristo que viria e selaria a Páscoa perfeita. Comemoramos sobretudo, o Domingo da ressurreição, 1Co 15:14: "E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé." Para nós a Páscoa é esse segundo elemento que compõe o ciclo da redenção que deve ser lembrado e comemorado pelo povo de Deus. O terceiro elemento é o Pentecostes, aos cinquenta dias da ressurreição. No Antigo Testamento, o povo de Deus celebrava a Festa de Pentecostes 50 dias após a Páscoa (e, por isso, o nome “Pentecostes”) e era um mandamento para o povo de Deus. Para celebrar a provisão do Senhor, agradecer pela colheita. No Novo Testamento, o Pentecostes é celebrado pela Igreja de Cristo porque 50 dias após a ressurreição de Jesus, o Senhor derramou o Seu Espírito sobre a vida dos discípulos. E, por causa disso, os discípulos foram capacitados de maneira poderosa para a proclamação da salvação por meio da mensagem do Evangelho – eles seriam cheios de poder para serem “testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judeia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1:8) Esse evento marca o selo do Espírito sobre a igreja (todos os crentes), comprados pelo sangue precioso do Senhor! Portanto, o Natal (encarnação do Verbo), A Páscoa (morte e ressurreição do Senhor) e o Pentecostes (o selo do Espírito sobre a igreja de Cristo) devem ser celebrados por nós, evangélicos, crentes, povo de Deus! Para que esse ciclo da redenção traga a nossa memória aquilo que pode dá-nos esperança (LM 3.21), afim de preparar-nos para o dia da consumação dos séculos, onde não haverá mais morte, mais luto, mais pranto, nem mais dor Ap. 21.4. Desfrutemos então desse ciclo da redenção, para fortalecimento da nossa fé em Jesus Cristo, o Salvador e Redentor.
GUSTAVO HENRIQUE LIRA. Pastor da congregação da 2ª Igreja Congracional Vale da Benção no Bairro Luiz Gonzaga em Caruaru-PE
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