Em setembro, celebra-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos (27), uma data que destaca a importância desse ato generoso e potencialmente salvador de vidas. Esse gesto pode ocorrer tanto em vida quanto após o falecimento, e é fundamental entender os critérios e condições do procedimento, garantindo um processo seguro e ético.
Como funciona a doação em vida e após a morte?
Esse ato em vida é uma opção para quem deseja ajudar alguém em necessidade. Segundo o professor Luiz Carlos França, mestre em Enfermagem e professor da UNINASSAU Rio de Janeiro, "o doador vivo pode ser qualquer pessoa que concorde com a ação, mas sem prejudicar a própria saúde. Em vida, é possível doar um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão”. Para esse procedimento, é necessária uma avaliação médica comprovando a segurança do ato.
Já as que são feitas após o falecimento, é necessário um diagnóstico de morte encefálica, onde não há mais atividade cerebral. "Esses pacientes são, geralmente, vítimas de traumatismo craniano ou Acidente Vascular Cerebral (AVC)", explica Luiz. Para acontecer a doação, é imprescindível que a família do falecido autorize o procedimento após o registro da morte cerebral pelo hospital.
Critérios e compatibilidade para a doação
Tanto para doadores vivos quanto falecidos, a compatibilidade com o receptor e as boas condições de saúde são fatores cruciais. Os órgãos que podem ser doados por um falecido incluem rins, coração, pulmões, pâncreas, fígado, intestinos e tecidos como córneas, válvulas cardíacas, ossos, tendões e pele. Cada uma dessas doações pode proporcionar uma nova chance ou melhorar significativamente a qualidade de vida do receptor.
A decisão de doar deve ser feita com responsabilidade, ponderando os impactos físicos e emocionais, mas também considerando o potencial de salvar vidas.
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