Os primeiros dias de um novo colaborador são fundamentais para uma empresa, já que é neste período inicial que um bom acolhimento ajuda a gerar confiança e segurança para quem está entrando no time. Além disso, uma integração bem feita auxilia no alinhamento de valores e metas e na construção de relacionamentos importantes com os colegas. Por outro lado, em algumas situações, os primeiros dias de um novo colaborador podem até fazer com que ele desista do trabalho.
De acordo com Carla Martins, vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas, sendo referência nas áreas contábil, jurídica e de tecnologia, é preciso que a empresa tenha papel ativo na inclusão de um novo colaborador. “Os primeiros dias são muito importantes, por isso é recomendável que o líder esteja presente para integrar, apresentar e mostrar onde a pessoa vai trabalhar”, orienta.
Se o porte da empresa é maior, a sugestão da executiva é a nomeação de um “colega anjo”, que será responsável de perto pela integração de quem chegou. “O líder pode estar presente no primeiro dia e colocar o colega anjo para atuar nos dias seguintes. É ele que vai mostrar o passo a passo para o novo membro da equipe. Ou seja, onde pode trabalhar, como ligar o computador, onde esquentar a marmita, qual a hora do café e coisas do tipo. Dando certo, o colega anjo pode até ganhar uma remuneração extra por essa função”, diz Carla.
A executiva ressalta que o colega anjo precisa ser alguém que goste de ensinar e que esteja alinhado com a cultura da empresa. “Nunca coloque uma pessoa que reclama o tempo todo, que esteja prestes a sair da função ou, ainda, que esteja com problemas pessoais. O colega anjo é alguém que vai gostar de acolher quem está chegando; e ele pode até se tornar um líder no futuro”, afirma a vice-presidente do SERAC.
Segundo Carla Martins, ainda que a empresa tenha uma equipe de RH que possa cuidar dos novos colaboradores, ter um colega anjo é fundamental para ajudar na integração. “Quando alguém começa a trabalhar em uma empresa pela primeira vez, é muita informação nova. É quase a situação de uma criança que sai do Jardim da Infância e vai para um colégio maior, por isso ter o auxílio de um membro do time é muito importante e pode ajudar, inclusive, a manter a permanência da pessoa na empresa”, alerta.
Carla afirma que há situações em que novos colaboradores ficam apenas por alguns dias e decidem sair por conta da falta de integração e acolhimento. “Este é o pior dos mundos, pois a empresa perde tempo e dinheiro e ainda não resolve a questão da vaga”, diz.
Além da nomeação do colega anjo, a executiva do SERAC recomenda a adoção de um “dia da integração”, algo que deve acontecer no primeiro mês de trabalho dos novos colaboradores. “É importante haver uma data dedicada a balizar as informações importantes para quem está chegando, como a história do fundador, a missão da empresa, os clientes mais importantes e o organograma. É neste dia que as pessoas novas podem tirar dúvidas, dar opiniões e entender melhor as regras do negócio”, explica Carla.
Para a vice-presidente do SERAC, ações que ajudem a integrar devem acontecer o quanto antes para que o novo colaborador absorva rapidamente tudo que precisa e se sinta acolhido. “A empresa deve considerar o período de experiência, que é de 90 dias. Neste tempo, espera-se que quem chegou recentemente já saiba bem como a empresa funciona e também mostre que pode fazer parte do time e ajudar o negócio a crescer”, finaliza Carla Martins.
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