A modinha das trends ou podemos dizer: a ilusão das redes sociais, neste final de ano, usa uma frase onde merece uma reflexão, e não estou desejando que você concorde comigo, mas que reflitamos realmente sobre o que ela quer transmitir. Infelizmente nesse mundo cada vez mais líquido em vivemos, trends como essa só reafirma o que nos ensinou o filósofo e sociólogo, Zygmunt Bauman: “vivemos em uma sociedade marcada pelo conflito ser versus ter. O homem passa a se expressar pelo que compra ou tem, elementos definidores de sua própria identidade. Um dos sintomas desse fenômeno seriam as redes sociais, nas quais os usuários montam perfis e se relacionam como se fossem "produtos"”.
Infelizmente vivemos hoje num verdadeiro mundo de faz de conta, onde o ser é eterno e não se acaba com o tempo, enquanto o ter pode terminar a qualquer momento. Para alcançar o equilíbrio, é importante não deixar que o ter seja mais importante que o ser. Mas o que podemos perceber é que o “ter” começou a pautar nossas vidas de uma forma, que não sabemos mais distinguir o que é ficção ou realidade. Vemos pessoas que estão o tempo todo mostrando uma vida nas redes sociais que não existe, e que muitas vezes faz isso para conseguir likes. Pais que não possuem limites com os filhos, criando uma geração de frustrados que não aceitam um não dentro de casa, mas que serão obrigados a levar muitos nãos da vida. E a vida não passa a mão na cabeça de ninguém!
Mas o que realmente desejo expressar, é que essa tal felicidade que a frase tenta expor, está nos enganado claramente. Fomos levados pela revolução da tecnologia que transformou nosso modo de viver e redefiniu as noções de privacidade e identidade, principalmente entre os jovens. Quando os indivíduos vivenciam mudanças súbitas e drásticas o nível de ansiedade sobe e são comuns sentimentos de estresse, tristeza e até pânico ocasionais. Mas esses sintomas só aparecem, devido que muitos jovens, não foram acostumados e observar a vida nos dois lados da moeda, apenas conhecem o lado bom.
Quem não passou por momentos tristes esse ano? Quem não teve uma decepção que o levou a uma reflexão? Precisamos entender que a vida obrigatoriamente precisa ser feito um monitor cardíaco, que enquanto a linha estiver no sobe e desce, existe vida, mas quando a linha fica linear, a vida acabou. Claro que não estou aqui, desejando que sejamos tristes e frustrados, mas que possamos entender que as decepções servem para nos fortalecer, nos encorajar, nos dar força de vontade para mostrar que somos capazes.
A tal trends que diz: “como eu vou ficar triste se esse ano eu...”, não passa de mais uma forma de iludir aqueles que ficam apenas olhando a vida pelas telas, e isso é um perigo constante, pois fora das telas até o filtro é diferente. Que possamos entender que o ser, nunca será mais importante que o ter, e muito mesmo os “benditos” likes.
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